badge

Aquela Vida IV


Ele sabia bem no que se estava a meter, tinha de lutar por ela. Mudou por Amor como tinha definido. Mudou principalmente a sua maneira de ser, deixou o "eu" introvertido para trás e começou a meter-se com ela cada vez que se cruzavam, metia conversa cada vez que o tempo o permitia, e assim surgiu uma amizade, a amizade pela qual ele lutou.

Agora sim, a vida corria-lhe bem, saiam juntos, divertiam-se e confidenciavam segredos um ao outro. Daí ao namoro foi um pequeno passo, mas para ele foi um gigante salto.

Passados 4 anos nada corria melhor, a sua relação tinha melhorado substancialmente e agora chegava o momento da verdade.

Ele correu lojas e lojas, ourivesarias para ser mais preciso, estava em missão, uma missão para encontrar o mais belo de todos, o mais humilde e ao mesmo tempo mais chique de todos os anéis de noivado.
Encontrou o ideal, era dourado como uma aliança, e de cada lado três pequenas safiras azuis culminando num belo diamante no centro das seis. Chamou-lhe a atenção pela sua simplicidade cúmplice de uma beleza sem precedentes.

Tratou então de preparar o dia do pedido. Agora só faltava fazer o convite para irem dar uma "simples volta".

De manhã passaram no parque que estava perto da casa dela, tinha uns bonitos jardins e umas fontes de arregalar o olho. Relaxaram até á hora de almoço, e, quando esta chegou levou-a a um restaurante chinês, guardava então o melhor para o fim.
Depois do almoço meteram-se no carro que ele habilmente estacionou à porta da casa da namorada e foram até um pouco mais longe dali, foram para a beira de uma barragem, namorar um pouco e mais uma vez relaxar, ele encheu-a de beijos, e ela sem desconfiar de nada, retribuía-os.
Chegou então o momento, a hora de jantar.
Ele estava nervosíssimo, mas não se deixou ir abaixo, levou-a ao melhor restaurante da cidade, ela achou estranho mas ele disse apenas que lhe apetecia fazer algo diferente.

Fizeram o pedido e, no final de tudo servido e devidamente manjado ela queria dividir a conta, mas claro que ele não deixou.

Saíram do Restaurante, e ao lado do carro ele pediu-lhe para esperar, ajoelhou-se, tirou o Anel do Bolso e disse:
"- Eu Amo-te. Queres Casar comigo?"
E ela, emocionada que estava e sem reacção lá soltou um fino e rouco "Sim."

Beijaram-se como nunca antes. Abraçaram-se mais fortemente que nunca. Ele levou-a a Casa, ela convidou-o para entrar e os seus corpos nus tocaram-se (tal como ele imaginara na primeira vez que a viu), acabaram a noite em grande.

21 comentários:

seni disse...

Como é que escreves uma coisa destas e não te sentes perfeito?
Está delicioso, muito romântico. Que bela história...

Beijinhos.

Mafalda disse...

Estás a escrever cada vez melhor.
O teu texto fez-me lembrar um poema da Rosa Lobato Faria:


E de novo a armadilha dos abraços.
E de novo o enredo das delícias.
O rouco da garganta, os pés descalços
a pele alucinada de carícias.
As preces, os segredos, as risadas
no altar esplendoroso das ofertas.
De novo beijo a beijo as madrugadas
de novo seio a seio as descobertas.
Alcandorada no teu corpo imenso
teço um colar de gritos e silêncios
a ecoar no som dos precipícios.
E tudo o que me dás eu te devolvo.
E fazemos de novo, sempre novo
o amor total dos deuses e dos bichos.


Beijinhos para um menino cheio de talento

... disse...

Derretida..... absolutamente derretida, o teu texto é de uma beleza e carinho fantásticos, deixou-me a sonhar....


Tem uma boa semana :)

Simplesmente eu... disse...

O meu pedido não foi tão romântico, nem tão angustiante!
O problema foi o anel k escolhi... Vi logo na cara dela k detestou! A sorte é k lhe era grande e fomos trocar!!
Abraço

Hydrargirum disse...

Esta tua história até me deixou bem disposto:))))

Muito boa:)Gostei!:)

Abraço:)

Anónimo disse...

mt bom mesmo...gostei bastante olha que tu tens jeitinho pra coisa e ainda tu dizes que nao tens jeito para fazer nada...aqui pelo teu texto esta provado o contrario...ta mesmo mt bom continua assim...bjs=)

Anónimo disse...

tenho um padrinho que é realmente um poeta...um escritor..ja me tou a imaginar daquia por uns anos a ler um livro inteiramente escrito por ti..seria um sucesso disso nao tenho duvidas...opah gostei mesmo da historia...=)

Anónimo disse...

Anel dourado com azuis e brancos, chinês e pedido no meio do trânsito. Original.

ps: tu sabes o que penso.

ps2: eu sou bastante 'devil', mas tenho direito a sê-lo.

ps3: adiante. gosto muito de ti, João.

Lília disse...

Que bonito!
E que romântico.
Decididamente tens o dom da escrita.

Um beijo grande.
Lita

shiuuuu disse...

Boa Páscoa.

Anónimo disse...

o bonito início de um final feliz :)

tixa ® disse...

Havia de ser cmg... Ou me dava um anel em platina, ou era corridinho! ;))

Nenúfar Cor-de-Rosa disse...

Tãaaao bonito! Tão romântico!Gostei imenso. Feliz Páscoa com ovinhos de chocolate e folares e cabrito e tudo o mais. Muito amor e carinho de todos os que te rodeiam é o que te desejo. Bjs.

M disse...

Obrigado pela visita aos Seven Black Cats!
Ainda não conhecia o teu blog, é muito interessante, e este texto é de um romantismo à moda antiga, daqueles que já ninguém sente prazer em confessar! Parabéns!
Beijinhos e volta sempre! :)

Ka disse...

"aquela vida" estava a compôr-se finalmente :)

Bom texto!

beijo e boa semana

Anónimo disse...

Gostei do final feliz e espero que seja apenas um começo.

Beijinho.

Buttafly...fly...fly... disse...

Também queeeeeeero!

;)

PS - e bem vindo ao meu estaminé... :)

Anónimo disse...

Pois pois. Agora tinha uma nova planicie de lençois que nao era decerto para fitar as paredes de cal. xD

Anónimo disse...

Ah .. e como é q o anel tinha lados, se o anel era redondo ? :X

xD

Anónimo disse...

MAs até gosto. So' acho q podia ser escrito de uma maneira mais meiga e menos vulgar.

Anónimo disse...

Coontente ? :D

Enviar um comentário